
O clima em São Gonçalo está tenso — pra não dizer assustador. Desde o amanhecer, o burburinho nas ruas é só sobre uma coisa: o fechamento forçado de escolas e comércios. E não, não foi decreto da prefeitura. Quem mandou fechar foram os caras do tráfico.
Tudo começou depois que um certo "chefe de comunidade" — vamos chamar assim pra não glamourizar bandido — foi encontrado sem vida. Detalhe: a morte dele não foi nada natural. E quando essas coisas acontecem, todo mundo sabe o que vem depois: a lei do mais forte, ou melhor, a lei do mais armado.
O que está rolando na cidade?
Pelas redes sociais, vídeos mostram portões de escolas abaixados no horário de aula. Lojistas, com medo de represálias, preferiram nem abrir as portas. "Melhor perder um dia de venda do que a vida", comentou um dono de mercearia que pediu pra não ser identificado — e quem pode julgar?
Os ônibus? Quase desertos. As ruas? Parecem cenas de filme pós-apocalíptico. Só que isso é a realidade de milhares de gonçalenses que, mais uma vez, viram a rotina virar de cabeça pra baixo por causa de brigas que nem são deles.
E as autoridades?
Ah, sim... A polícia diz que está "monitorando a situação". Enquanto isso, pais não sabem se mandam os filhos pra escola amanhã. Professores estão em grupos de WhatsApp tentando entender se vai ter aula. E o comércio? Bem, o prejuízo é certo.
Não é a primeira vez que São Gonçalo vira refém desse jogo de poder. Mas toda vez a sensação é a mesma: um misto de revolta e impotência. A pergunta que fica é: até quando?