
Imagine a cena: uma típica festa junina, com bandeirinhas coloridas, quentão e forró tocando alto. De repente, o clima de alegria se transforma em puro terror. Foi exatamente isso que aconteceu na comunidade do Barbante, na Pavuna, Zona Norte do Rio, em julho de 2022.
Dois traficantes, identificados como Wesley da Silva de Oliveira e Wallace de Souza Almeida, resolveram acertar suas contas bem no meio da festividade. Troca de tiros, gente correndo desesperada – um caos completo que poderia ter terminado em tragédia ainda maior.
Penas que mandam mensagem
A Justiça, felizmente, não ficou passiva. Nesta quinta-feira (22), o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) pegou pesado: 21 anos de reclusão para Wesley e 17 para Wallace. Eles foram condenados por tráfico de drogas e tentativa de homicídio duplamente qualificada – quer dizer, por motivo fútil (a tal rixa) e com uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas (os tiros, claro).
O mais revoltante? Tudo começou por causa de uma discussão besta entre as facções. Os dois, que são do mesmo grupo, começaram a brigar entre si e resolveram "dialogar" com balas. No meio de famílias, crianças... Um absurdo sem tamanho.
O que dizem as provas
O Ministério Público não deixou por menos. Juntou um queque de provas: vídeos de câmeras de segurança que captaram tudo, depoimentos de testemunhas ainda traumatizadas com o ocorrido e, é claro, os laudos periciais que atestaram a autoria dos disparos.
Os desembargadores foram categóricos. Na decisão, deixaram claro que a conduta dos dois foi "extremamente perigosa e reprovável", mostrando total desprezo pela vida alheia. Não deu outra: condenação mantida.
Esse caso serve como um alerta – e também um alívio. Mostra que a justiça pode ser lenta, mas chega. E que atos de violência gratuita, que colocam em risco a vida de inocentes, não ficarão impunes. A comunidade da Pavuna, com certeza, dormiu um pouco mais tranquila nesta quinta-feira.