
Finalmente! Depois de tanto tempo escondido, a justiça alcançou um dos nomes mais emblemáticos – e nefastos – do futebol brasileiro. William Rogatto, o ex-juiz de futebol que ganhou a infame coroa de "Rei do Rebaixamento", está de volta ao Brasil. E não foi por vontade própria, pode acreditar.
Ele foi extraditado da Itália, onde vivia foragido, e desembarcou sob custódia em solo brasileiro na madrugada deste domingo (31). Aterrissou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e foi direto para a sede da Interpol. Nada de glamour, apenas a realidade batendo na porta.
O que ele fez, afinal?
O esquema era complexo e nojento. Rogatto era o cérebro por trás de uma organização criminosa especializada em manipular resultados no Campeonato Brasileiro da Série B. O objetivo? Simples e lucrativo: garantir o rebaixamento de clubes específicos. Como? Subornando árbitros para que eles cometessem erros "estratégicos" em jogos decisivos. A Operação Penalidade Máxima, da Polícia Federal, escancarou a podridão toda.
Ele foi julgado, condenado a mais de 13 anos de prisão e... simplesmente fugiu. Deixou o país antes mesmo da sentença ser proferida, em 2022. Um verdadeiro escape cinematográfico, só que na vida real.
Uma longa espera pela justiça
Agora, a conta chegou. A Polícia Federal confirmou que o processo de extradição, tramitando na Justiça italiana desde o ano passado, finalmente teve um desfecho. Rogatto será encaminhado para o sistema prisional do Paraná – seu estado de origem – para começar a cumprir a pena. A defesa dele, é claro, já deve estar se revirando toda para encontrar brechas. É o jogo dentro do jogo.
O caso dele não é isolado. Outros envolvidos no mesmo escândalo, como o também ex-árbitro Paulo José Danelon, o "Nacional", já estão atrás das grades. A sensação é de que, pouco a pouco, o futebol tenta se limpar de uma de suas feridas mais sujas.
E aí, o que você acha? A extradição de Rogatto é um ponto final ou apenas um capítulo encerrado em uma história que ainda pode ter muitas reviravoltas? Uma coisa é certa: o "Rei do Rebaixamento" perdeu sua coroa para a lei.