Era um dia comum no movimentado Aeroporto Internacional de Guarulhos até que um grupo decidiu transformá-lo em cena de filme de ação — só que sem final feliz para os bandidos. A polícia acabou com a farra de uma quadrilha especializada em roubos de cargas valiosas, dessa vez mirando em um lote de botox que deixaria até os maiores cirurgiões plásticos de boca aberta: R$ 7 milhões em produtos.
Não foi por acaso que o bando caiu. Durante semanas, agentes infiltraram-se em conversas e rastrearam cada movimento — aquela velha história de que criminoso sempre escorrega na banana da própria ganância. Quando menos esperavam, lá estavam os policiais, fechando o cerco com precisão cirúrgica (sem trocadilhos com o botox, por favor).
Operação Relâmpago
Quatro homens, entre 25 e 40 anos, agora trocam o glamour dos golpes milionários pela cela. Dois deles já tinham ficha mais suja que piso de rodoviária, mas dessa vez o plano não saiu como nos filmes. A carga, aliás, nem chegou a esquentar — foi recuperada intacta em um depósito na Zona Leste de São Paulo.
- Modus operandi: falsificação de documentos para desviar mercadorias
- Alvo preferencial: cargas de alto valor em voos internacionais
- Erro fatal: subestimaram a inteligência policial (clássico)
Curiosidade? Um dos presos trabalhava como agente de carga no aeroporto. Parece que assistiu Assalto ao Aeroporto Internacional umas vezes demais e resolveu botar em prática — só esqueceu que na vida real o final costuma ser diferente.
O Mercado Negro da Beleza
O caso expõe um comércio subterrâneo que muitos nem imaginam. O botox roubado — daqueles que celebridades injetam sem dó — vale mais no mercado ilegal do que ouro. E olha que estamos falando de frascos pequenos, quase invisíveis na bagagem.
"É um esquema sofisticado", admitiu um delegado que prefere não se identificar. "Eles conhecem cada brecha logística, cada momento de vulnerabilidade no transporte. Mas também conhecemos cada passo desses caras."
Enquanto isso, nos bastidores, empresários do setor de estética comemoram a apreensão. Afinal, cada frasco desviado alimenta um mercado paralelo que prejudica não só a economia, mas coloca em risco a saúde de quem busca procedimentos clandestinos.
