
Imagine uma máquina perfeita de cometer crimes – tráfico, lavagem de dinheiro, uma engrenagem bem oleada. Pois bem, a justiça acabou de desmontar uma dessas com chave de boca. E não foi pouco: os 11 integrantes dessa quadrilha, que aterrorizava São José do Rio Preto, somaram mais de 200 anos atrás das grades.
O juiz José Carlos de Souza, da 2ª Vara Criminal, não teve dúvidas. Ele classificou o grupo como uma organização criminosa de alto poder ofensivo. E olha, não era brincadeira não. A investigação, que começou lá em 2019, mostrou que a gangue movimentou nada menos que R$ 13 milhões em negócios sujos. Uma fortuna de dar vertigens.
Como a quadrilha operava?
O esquema era complexo, quase uma multinacional do crime. De um lado, o tráfico pesado de drogas, principalmente cocaína e maconha. Do outro, uma rede sofisticada para 'limpar' todo aquele dinheiro manchado. Eles usavam laranjas, compravam bens de luxo – carros, imóveis – e até investiam em empresas de fachada. Tudo para fazer o dinheiro ilegal parecer honesto.
As penas individuais? Variaram bastante. Teve de tudo, desde 4 anos até a sentença máxima de 70 anos de prisão para um dos líderes. A maioria dos condenados, no entanto, vai passar décadas longe das ruas. E não adianta achar que foi pouco: a promotoria pediu, a defesa tentou, mas a justiça foi implacável.
O que isso significa para a região?
Para a população de Rio Preto e cidades vizinhas, é um alívio e tanto. Essa quadrilha era uma das principais responsáveis pelo fornecimento de drogas em grande escala. Com os líderes atrás das grades, o fluxo certamente será interrompido. Pelo menos por um tempo.
Claro, ninguém é ingênuo. Novas organizações podem surgir. Mas uma operação dessa magnitude – que incluiu a Polícia Civil, o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o Ministério Público – manda um recado claro: crime organizado, aqui, não ficará impune.
Os investigados, agora condenados, responderam por uma lista assustadora de crimes: associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e posse ilegal de arma de fogo. Um combo perigoso que, felizmente, foi neutralizado.