
Imagine só: 40 quilos de ouro puro, escondidos como se fossem mercadoria comum, rodando pelas estradas do Pará. Pois é, essa foi a cena que a PRF flagrou nesta terça-feira (5) — e olha que a história não para por aí.
Os agentes, que já estavam de olho em movimentações suspeitas há semanas, fizeram a abordagem num posto de fiscalização na BR-230. O motorista — que tentou manter a pose de "trabalhador comum" — não conseguiu explicar direito a origem do metal. "A gente percebe na hora quando algo não cheira bem", contou um dos policiais, que prefere não se identificar.
O que se escondia por trás da carga
Detalhe curioso: o ouro estava dividido em barras menores, como se preparado para distribuição rápida. Especialistas ouvidos pela reportagem estimam que o valor total ultrapassa R$ 15 milhões no mercado ilegal — valor que poderia financiar quem sabe quantas atividades criminosas.
- Local da apreensão: trecho da BR-230 próximo a Altamira
- Peso total: 39,8 kg (quase 40 kg, pra ser mais exato)
- Estado do material: ouro bruto, sem documentação
E aqui vem o pulo do gato: segundo fontes da investigação, essa apreensão seria só a "ponta do iceberg" de uma rota bem organizada. "Tem gente ganhando rios de dinheiro com isso, enquanto comunidades sofrem com a exploração", disparou um delegado que acompanha o caso.
As consequências do contrabando
Quem trabalha com mineração legal no Pará sabe — e sofre — com a concorrência desleal. "É um baque pra gente que tenta fazer tudo certo", desabafa um garimpeiro da região, que pediu pra não ter o nome revelado. O pior? Parte desse ouro pode vir de áreas de preservação ou terras indígenas, onde a extração é proibida.
Enquanto isso, os investigadores seguem o rastro do material. A expectativa é que a análise das barras ajude a identificar a origem exata — e, quem sabe, levar aos responsáveis por trás desse esquema. Fica a dúvida: quantas outras cargas assim já passaram despercebidas?