Numa operação que mistura faro apurado e um tanto de sorte, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deu um golpe certeiro no crime organizado em Roraima. E olha só: 104 quilos de ouro, avaliados em mais de R$ 60 milhões, foram apreendidos durante uma fiscalização de rotina — se é que existe algo rotineiro quando o assunto é combate ao contrabando.
Segundo os agentes, o material estava sendo transportado de forma suspeita (para não dizer completamente irregular) em um veículo que passava pela BR-174. A carga, que daria um belo colar para o rei Midas, estava escondida de maneira criativa — mas não o suficiente para enganar os olhos treinados da PRF.
Operação teve cheiro de ouro... e de ilegalidade
Detalhes da apreensão:
- O veículo foi abordado durante fiscalização rotineira
- Os 104 kg estavam divididos em barras menores
- Documentação? Nada convincente, para dizer o mínimo
- Motorista alegou estar transportando "material industrial"
Não é todo dia que se vê uma apreensão desse tamanho — literalmente. Para ter ideia, estamos falando de um volume que daria para encher uma mala média de viagem. E o valor? Bem, daria para comprar uns bons apartamentos em São Paulo ou sustentar uma pequena cidade por um tempo.
De onde vem tanto ouro?
Aqui é que a coisa fica interessante. Especialistas suspeitam que o material possa ter origem em garimpos ilegais — aqueles que destroem a Amazônia e enriquecem poucos. Roraima, afinal, não é exatamente o Eldorado, mas tem se tornado um ponto quente para esse tipo de atividade.
"Quando aparece uma quantidade dessas, é sinal de que tem coisa errada", comentou um agente que preferiu não se identificar. E ele tem razão: ouro legalizado não costuma viajar escondido como contrabando de filme policial.
Agora, a PRF e outros órgãos investigam a origem exata do material e para onde ele seria levado. Aposto que alguém, em algum lugar, está tendo um dia bem ruim depois dessa apreensão.
