
Não é novidade que o crime se reinventa — mas dessa vez, a ousadia surpreendeu até os mais experientes. Um presidiário, de trás das grades, tecia uma rede de tráfico que se espalhava pelas ruas. E olha que não era pouco: cocaína, maconha e até celulares para gerir o "negócio".
A Polícia Militar de Minas Gerais, depois de receber denúncias anônimas (sabe aquele vizinho que sempre desconfia de movimento estranho?), partiu para a ação. Montaram uma operação discreta, mas com dentes afiados. Resultado? Apreenderam uma carga considerável de drogas e cortaram, pelo menos temporariamente, as asas desse esquema.
Como funcionava o esquema
Parece roteiro de filme, mas era pura realidade: o detento — cujo nome não foi divulgado — usava aparelhos celulares (sim, dentro da prisão!) para coordenar entregas, contatos e até "cobranças". Os PMs encontraram:
- Tabletes de cocaína, prontos para distribuição
- Pacotes de maconha já embalados para venda
- Celulares carregados... de mensagens comprometedoras
"Quando a gente viu a quantidade, deu até um frio na espinha", comentou um dos policiais envolvidos, que preferiu não se identificar. E não era para menos: o material apreendido valia dezenas de milhares de reais no mercado ilegal.
O que diz a lei
Se engana quem pensa que o preso vai "apenas" responder por tráfico. Advogados explicam que, por comandar o esquema de dentro da cadeia, ele pode ter a pena aumentada — e muito. "É agravante claro, um escárnio ao sistema", disparou um promotor ouvido pela reportagem.
Enquanto isso, a PM segue investigando se outros detentos ou funcionários do presídio estavam envolvidos. Afinal, como os celulares entraram lá? Alguém "ajudou"? Perguntas que ainda ecoam sem resposta.
Uma coisa é certa: a operação foi um golpe duro no crime organizado na região. Mas será que vai durar? Só o tempo — e a próxima denúncia anônima — dirão.