Operação no RJ desmantela milícia: policial civil e ex-conselheiro tutelar entre os presos
Policial civil e ex-conselheiro presos por milícia no RJ

O Rio de Janeiro vive mais um capítulo intenso no combate às milícias. Dessa vez, a operação saiu da gaveta da Justiça e foi para as ruas de Santa Cruz, na Zona Oeste, nesta quarta-feira. E o resultado? Nada menos que cinco mandados de prisão expedidos – dois deles, cumpridos de cara.

Quem estava na mira? Um policial civil, que supostamente trocou a farda pela ilegalidade, e um ex-funcionário do Conselho Tutelar. Sim, você leu certo: alguém que deveria proteger crianças e adolescentes agora responde por suspeita de fazer parte de grupo miliciano. A ironia é dolorosa.

Os agentes não perderam tempo. Nas buscas, encontraram um verdadeiro arsenal: pistola, revólver, carregadores, munições de vários calibres e até coletes balísticos. Parece cena de filme, mas é a realidade carioca batendo na porta.

As investigações

De acordo com as apurações – que começaram lá atrás, em 2022 –, o tal policial não era nenhum novato no crime. Investigado por formação de quadrilha e extorsão, ele teria usado a própria função para… bem, para tudo menos para servir e proteger. Que decepção.

Já o ex-conselheiro tutelar, hein? O indivíduo era suspeito de fornecer documentos de pessoas vivas e mortas para facilitar a vida do grupo criminoso. Macabro, não? Uma quebra de confiança absurda.

E não para por aí. Três outros mandados de prisão foram expedidos contra investigados que já estavam… atrás das grades. Detalhe: todos por crimes anteriores. O que só prova que o ciclo do crime muitas vezes é uma porta giratória.

O contexto

O Rio parece não ter sossego. As milícias avançam, misturam-se com poder público, aterrorizam comunidades e viram notícia de jornal. E o pior? Às vezes, quem deveria combater o problema está do outro lado da trincheira.

Operações como essa mostram que a Justiça está de olho. Mas também deixam aquele gosto amargo: até quando precisaremos prender quem deveria nos proteger?

Os presos já estão à disposição da Justiça. E o caso? Continua em aberto. Porque no Rio, a luta contra o crime organizado é uma guerra sem data para acabar.