
Não foi um dia qualquer para os moradores do Conjunto Marcos Freire II. Por volta das 5h da manhã, o silêncio do bairro em Nossa Senhora do Socorro foi quebrado pelo barulho de viaturas e agentes em ação. A cena lembrava aqueles filmes policiais - só que dessa vez era a vida real.
A Polícia Civil, depois de meses fuçando nas pistas (e não foi pouco trabalho, pode acreditar), conseguiu prender um indivíduo de 28 anos. O sujeito, cujo nome ainda não foi divulgado - afinal, a lei é clara sobre isso -, tava com a mão na massa no que os investigadores chamam de "ponte logística" entre Sergipe e Bahia.
O que a polícia encontrou?
Numa revista rápida - mas bem eficiente - os agentes descobriram:
- Quase meia dúzia de tabletes de maconha (uns 200g no total)
- Dinheiro vivo que não tava declarado no imposto de renda, pode ter certeza
- Um carro que, segundo os peritos, era o "cavalo de Troia" das entregas
"Essa apreensão representa um golpe significativo na distribuição de drogas na região", comentou um delegado que preferiu não se identificar. E não é pra menos - o esquema tava ficando cada vez mais ousado, com rotas que cruzavam fronteiras estaduais como se fossem linhas de ônibus.
Como foi a abordagem?
Pelo que apurou nossa equipe, os policiais chegaram sem alarde. Nada de tiroteio ou perseguição cinematográfica - foi tudo muito calculado, como um jogo de xadrez onde as peças já estavam posicionadas. O suspeito, pego de surpresa, nem teve tempo de reagir.
Curiosamente, o local da prisão fica a menos de 1km de uma escola municipal. "É revoltante", desabafou uma vizinha que pediu para não ser identificada. "A gente vive com medo de bala perdida, de confusão... esses caras não pensam nas crianças."
Agora, o investigado vai responder por tráfico interestadual - e olha que essa acusação não é brincadeira. Se condenado, pode pegar de 5 a 15 anos de cana. Enquanto isso, a polícia segue com as investigações, porque, como diz o ditado, "uma andorinha só não faz verão" - e esse esquema certamente tinha mais participantes.