
O que parecia mais uma operação de rotina pode ter desvendado um elo crucial com um dos crimes mais brutais da história recente de João Pessoa. A polícia está com a pulga atrás da orelha — será que aquela pistola .40 apreendida num beco escuro do bairro dos Bancários tem dedo no massacre da Praia do Sol?
Segundo fontes próximas ao caso, a arma foi interceptada durante uma batida policial na semana passada, justamente quando os investigadores remexiam nos escombros daquele episódio que deixou cinco mortos a tiros na orla. Coincidência? O delegado responsável pelo caso, que prefere não se identificar, soltou uma frase intrigante: "Quando a ficha cai, a gente percebe que o diabo mora nos detalhes".
Os pingos nos is
O laudo pericial tá na mesa — e olha que coisa: o calibre bate com as cápsulas encontradas na cena do crime. Mas segura aí, não é tão simples assim. "Balística não é receita de bolo", ressalta um perito criminal com mais de 15 anos de estrada. "Precisamos cruzar dados, analisar ranhuras... isso aqui não é CSI, meu filho".
Enquanto isso, nas quebradas da cidade:
- Testemunhas sumiram do mapa — ou melhor, foram "convencidas" a sumir
- Dois suspeitos da operação original agora estão com passaporte carimbado no presídio
- Um terceiro, dizem por aí, tá com o rabo entre as pernas e pode virar delator
O que diz o outro lado
Os advogados dos detidos — esses sim, sempre com a faca no pescoço — garantem que seus clientes "nunca nem pisaram na Praia do Sol". Um deles até soltou: "Isso aí é invenção da mídia sensacionalista". Só que, entre nós, o histórico dos caras não ajuda: três passagens por roubo qualificado e uma por homicídio culposo.
E aí, você acredita em coincidências? Porque eu, particularmente, acho que quando a esmola é demais, o santo desconfia. A verdade é que essa investigação tá mais embolada que novelo de gato, e a população — ainda traumatizada com as cenas chocantes daquele dia — só quer uma resposta: até quando?