
O clima de tranquilidade na Asa Norte foi quebrado de forma violenta nesta semana. Um bar, ponto conhecido de encontros na região, virou cenário de um ataque que deixou a cidade em alerta. Não foi um simples caso de violência urbana - os criminosos usaram explosivos, algo que nem mesmo os moradores mais antigos se recordam de ter visto por ali.
Segundo fontes próximas à investigação, a polícia já tem em mãos os nomes de dois suspeitos. Eles não seriam novatos no crime - pelo contrário, têm histórico de envolvimento com organizações criminosas que atuam no Distrito Federal. "É um caso que cheira a vingança ou disputa por pontos de venda ilegais", comenta um delegado que pediu para não ser identificado.
Como tudo aconteceu
A noite começou como qualquer outra naquele estabelecimento. Por volta das 23h, quando o movimento ainda estava forte, dois indivíduos chegaram em uma motocicleta. Em questão de segundos, deixaram um pacote suspeito próximo à entrada e desapareceram na escuridão.
- 23h05: Câmeras de segurança registram a chegada dos suspeitos
- 23h07: Pacote é deixado estrategicamente próximo a mesas externas
- 23h09: Primeira chamada para o 190 relata "barulho de explosão"
O estrago foi considerável. Vidraças quebradas, mesas destruídas e um buraco no chão que deixava claro: aquilo não era brincadeira. Por sorte, ninguém ficou gravemente ferido - apenas dois clientes sofreram escoriações leves por estilhaços.
O que dizem as testemunhas
"Pensei que fosse um balão caindo, mas o barulho foi muito mais forte", conta Marcos, garçom que trabalhava no local. Já a estudante Larissa, que estava em uma mesa próxima, descreve: "Foi tudo muito rápido. Primeiro um clarão, depois o cheiro de pólvora e gente correndo pra todos os lados".
A polícia trabalha com duas hipóteses principais:
- Represália por dívida não paga
- Disputa territorial entre facções
Os investigadores encontraram vestígios de um explosivo caseiro, possivelmente feito com material pirotécnico modificado. "Isso mostra certo conhecimento técnico", analisa o perito criminal Ronaldo Teixeira. "Não foi obra de amadores."
Enquanto isso, os donos do estabelecimento preferem não comentar o caso. O bar segue fechado para reformas - e quem passa pelo local ainda olha com desconfiança para qualquer pacote esquecido nas calçadas.