Numa ação que parece saída de um roteiro de filme policial, a Polícia Civil de Minas Gerais fechou um laboratório clandestino que produzia — pasmem — remédios para emagrecer sem qualquer tipo de regulamentação. O local, escondido num bairro residencial de Belo Horizonte, mais parecia uma fábrica de ilusões perigosas.
Segundo os agentes, o esquema funcionava como um verdadeiro "fast-food" de saúde: fórmulas duvidosas, embalagens falsificadas e promessas milagrosas. Tudo isso sem o menor controle sanitário, é claro.
O que a polícia encontrou?
Durante a operação, foram apreendidos:
- Centenas de comprimidos prontos para venda
- Matérias-primas de origem desconhecida
- Equipamentos caseiros de produção
- Rótulos falsos de marcas famosas
O mais assustador? Algumas substâncias encontradas podem causar desde taquicardia até problemas cardíacos graves. "É brincar com fogo", como disse um dos investigadores, que preferiu não se identificar.
Moda perigosa
Numa época em que as redes sociais vendem corpos perfeitos como mercadoria barata, esse tipo de crime acaba encontrando terreno fértil. Os compradores — muitas vezes desesperados por resultados rápidos — nem imaginam o risco que estão correndo.
Um detalhe curioso: os produtos eram vendidos principalmente em academias e por meio de aplicativos de mensagem. "Tão fácil quanto pedir uma pizza", ironizou um delegado envolvido no caso.
Agora, a polícia rastreia os envolvidos na rede de distribuição. Enquanto isso, a Anvisa alerta: medicamentos só devem ser comprados em farmácias autorizadas, com receita médica. O barato pode sair caro — muito caro — quando o assunto é saúde.
