PF prende último membro de quadrilha que fraudava malas em Guarulhos para enviar drogas à Europa
PF prende último criminoso de esquema em Guarulhos

Era um esquema tão engenhoso quanto arriscado — e que, como tudo na vida, acabou desmoronando. A Polícia Federal anunciou nesta terça-feira (22) a prisão do último membro de uma quadrilha especializada em fraudar etiquetas de bagagens no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O objetivo? Enviar drogas para a Europa sem levantar suspeitas.

Você já parou pra pensar na quantidade de malas que circulam num aeroporto como esse? Pois é. O grupo aproveitava justamente o vai-e-vem caótico das esteiras de bagagem para "clonar" etiquetas — trocando os códigos de malas legítimas pelas que transportavam entorpecentes. Um verdadeiro jogo de gato e rato com a fiscalização.

Como funcionava o golpe

Não era coisa de amador. Os criminosos:

  • Monitoravam passageiros com voos diretos para Europa
  • Roubavam os códigos de suas bagagens registradas
  • Aplicavam etiquetas idênticas nas malas com drogas
  • Devolviam as malas legítimas aos donos originais

Resultado? Enquanto o turista desprevenido embarcava com sua roupa de praia, outra mala — idêntica no sistema — seguia para o mesmo destino carregando cocaína ou outras substâncias ilícitas. Malandro, né? Mas como diz o ditado, até a pá de lixo tem seu dia de bunda.

A queda da quadrilha

A operação começou ainda em 2024, quando agentes notaram um padrão estranho em bagagens "gêmeas" com destinos europeus. Foram meses de investigação discreta — aquela coleta de prova que parece não andar, até que... bum! Tudo desemboca numa única batida.

O último preso, um homem de 37 anos que atuava como "operador logístico" do esquema (leia-se: o cara que coordenava as trocas de etiquetas), foi encontrado em um condomínio de luxo na Grande São Paulo. Parece que o crime compensa... até deixar de compensar.

Com essa prisão, a PF encerra um capítulo importante no combate ao tráfico internacional. Mas fica o alerta: enquanto houver demanda por drogas na Europa, alguém sempre vai tentar reinventar a roda. Ou, nesse caso, as etiquetas de bagagem.