
Numa ação que mistura faro investigativo e tecnologia de ponta, a Polícia Federal deu um golpe duro no garimpo ilegal no Pará. O alvo? Um suspeito que, segundo as investigações, seria peça-chave num esquema que injetava milhões em atividades predatórias dentro da Terra Indígena Kayapó.
O cara foi pego com a mão na massa — ou melhor, no ouro — durante a Operação Eldorado (sim, o nome é irônico mesmo). Agora, os agentes seguem a trilha do dinheiro para desvendar quem está por trás desse negócio sujo.
O que a PF descobriu até agora?
- Equipamentos de garimpo de alto padrão, do tipo que indígena nenhum teria grana pra comprar
- Documentos que ligam o preso a uma rede de compra e venda ilegal de minerais
- Indícios de que o esquema opera há pelo menos dois anos na região
Pra você ter ideia da gravidade, estamos falando de uma área protegida onde a extração mineral é proibida desde 1993. Mas parece que a lei, pra essa galera, é letra morta.
E os financiadores?
Essa é a pergunta que tá tirando o sono dos investigadores. As pistas levam a empresários do sudeste — gente de colarinho branco que prefere ficar longe da lama, mas não do lucro fácil. A PF já tem alguns nomes na mira, mas segura as pontas pra não queimar a investigação.
"É como desmontar um quebra-cabeça onde algumas peças foram propositalmente perdidas", diz um agente que pediu pra não ser identificado. A operação continua e novas prisões não estão descartadas.
Enquanto isso, nas aldeias, os Kayapós respiram aliviados — mas sabem que a guerra contra os invasores está longe do fim. Afinal, onde há ouro (e muito dinheiro em jogo), a tentação sempre reaparece.