
Era um esquema tão bem armado que até parecia legítimo — mas não passava de mais um golpe contra quem já contribuiu tanto para o país. Nesta quarta-feira (16), a Polícia Civil do Rio botou fim a uma quadrilha especializada em aplicar golpes em idosos, justamente aqueles que menos merecem esse tipo de crueldade.
Como a quadrilha operava
Os bandidos — e aqui a palavra é usada sem remorso — se passavam por funcionários de órgãos públicos ou bancários. Ligavam para as vítimas oferecendo "revisões de benefícios" ou "regularizações cadastrais". Tudo mentira, é claro. O objetivo? Roubar dados pessoais e, em alguns casos, até convencer os idosos a fazer transferências bancárias.
"Eles eram convincentes", relata um delegado que preferiu não se identificar. "Usavam jargões oficiais, nomes de departamentos que existem de verdade... Uma artimanha repugnante."
Os números da operação
- 7 mandados de prisão temporária cumpridos
- Mais de R$ 500 mil desviados dos idosos
- Operação ocorreu em três bairros da capital fluminense
- Computadores e celulares apreendidos para análise
Curiosamente (ou não), muitos dos golpistas já tinham passagem pela polícia por crimes similares. "É como se especializassem em enganar quem tem mais dificuldade com tecnologia", comenta uma fonte próxima ao caso.
Como se proteger?
Se tem uma coisa que deixa qualquer um com os cabelos em pé é receber ligações suspeitas. A dica é simples: nunca passe informações por telefone. Nem seu CPF, nem dados bancários, nem sequer o nome do seu cachorro. Órgãos sérios não fazem esse tipo de contato.
E se achar que caiu no conto do vigário? Corra para a delegacia mais próxima. Quanto antes agir, maiores as chances de recuperar o prejuízo — e de botar esses canalhas atrás das grades.
Ah, e espalhe essa informação para os idosos que você conhece. Nesse caso, fofoca não só é permitida como é recomendada.