
Numa investida tão surpreendente quanto implacável, as forças de segurança do Ceará acabaram de desferir um golpe devastador no crime organizado local. A coisa aconteceu de madrugada, quando a maioria da população ainda dormia — e os alvos certamente não esperavam pela visita.
Imagina só: 16 mandados de prisão expedidos, todos cumpridos sem piedade. A operação, batizada de "Imperium", não deixou pedra sobre pedra. E olha que o estrago foi considerável.
O butim da operação é de fazer inveja a qualquer filme de ação
28 armas de fogo. Sim, vinte e oito. Desde pistolas até fuzis — um arsenal digno de um conflito bélico de médio porte. Junte a isso munição à vontade, 16 veículos (alguns de luxo, é claro) e nada menos que 130 quilos de drogas. Maconha, cocaína, crack... o pacote completo do tráfico.
Mas não para por aí. Apreenderam também R$ 50 mil em espécie — dinheiro vivo que, convenhamos, não veio de venda de bolo de pote — e um caminhão. Um caminhão! A coisa era grande mesmo.
Uma organização que não brincava em serviço
O que mais choca — ou talvez não surpreenda, dada a dimensão — é a sofisticação do esquema. Não era apenas vender drogas na esquina. Essa galera tinha departamento financeiro, lavagem de dinheiro estruturada, logística apurada. Um negócio que, infelizmente, daria aula para muitas empresas legítimas por aí.
Eles atuavam principalmente na Grande Fortaleza e na região do Cariri, mas a rede tinha tentáculos que se estendiam para outros estados. Uma teia complexa, que tecia suas tramas longe dos holofotes. Até hoje.
O delegado geral da Polícia Civil, Lawrence Melo, não escondeu a satisfação — e por que esconder? — ao anunciar os resultados. "A operação Imperium demonstra o compromisso inabalável das instituições com a segurança pública", disse ele, com aquela seriedade que só quem vive o front sabe ter.
E agora, o que vem por aí?
Os presos já estão à disposição da Justiça, e as investigações... bem, as investigações continuam. Alguém duvida que essa rede tenha mais fios soltos? A tendência é que novos desdobramentos surjam — e a gente fica de olho.
Enquanto isso, a população cearense respira um pouco mais aliviada. Um grupo perigoso a menos nas ruas. Um sinal claro de que o crime não compensa — ou pelo menos, não compensa para sempre.