
Parecia cenário de série policial, mas era pura realidade no interior paulista. Numa ação que consumou semanas de investigação minuciosa, a Polícia Civil de Bauru desbaratou um esquema de narcotráfico de proporções — pasmem — industriais.
Quase duas toneladas. É isso mesmo que você leu. Uns impressionantes 1.960 quilos de maconha, empacotados e prontos para abastecer o mercado ilegal, foram encontrados escondidos num depósito aparentemente comum. O volume era tão absurdo que os próprios agentes ficaram atônitos — coisa de cinema, só que de verdade.
Como a investigação começou
Tudo começou com uma ponta, daquelas que parecem insignificantes. Os investigadores, movidos a instinto e café forte, foram tecendo uma rede de informações até chegar a um galpão suspeito na zona leste da cidade. A partir daí, foi questão de tempo — e paciência, muita paciência.
Nada de tiroteio ou perseguição alucinada, como nos filmes. A investida foi calculada, metódica. Na manhã de sábado, 6 de setembro, o mandado de busca foi executado. E o que encontraram? Uma montanha de entorpecentes, avaliada em nada menos que R$ 4,5 milhões. Um golpe duríssimo no crime organizado que atua na região.
O que acontece agora?
As drogas, é claro, foram incineradas. Mas a investigação não para por aí. Os policiais trabalham agora para identificar todos os envolvidos na trama — desde os que armazenavam até os chefões por trás do esquema. A sensação é de que essa foi apenas a primeira peça de um quebra-cabeça bem maior.
Para o cidadão comum, fica aquele alívio misturado com preocupação. Alívio por saber que uma quantidade colossal de drogas saiu de circulação. Preocupação ao constatar que redes desse tamanho operavam bem debaixo de nossos narizes, no dia a dia da cidade. Isso me faz pensar: onde mais há galpões assim, disfarçados de normalidade?
Uma coisa é certa: a operação mandou um recado claro. O interior de São Paulo não é terra de ninguém, muito menos para o tráfico. E os policiais de Bauru provaram que, mesmo longe dos holofotes da capital, o trabalho sério e discreto rende frutos — e que frutos!