
Era um esquema tão bem armado que até parecia roteiro de filme — mas a realidade, como sempre, supera a ficção. Na última quarta (7), a Polícia Civil do Distrito Federal colocou fim a uma quadrilha especializada em golpes emocionais aplicados através de apps de relacionamento. Doze pessoas foram presas, e o que descobriram deixaria qualquer um de cabelo em pé.
Os criminosos — que, diga-se de passagem, tinham uma criatividade digna de melhores propósitos — criavam perfis falsos com fotos de modelos e atores. Aí começava o jogo psicológico: depois de conquistar a confiança das vítimas (homens e mulheres, sem distinção), partiam para o chantagem emocional e financeira. Alguns casos eram tão absurdos que incluíam até falsas emergências médicas.
Como a quadrilha operava:
- Primeiro, os golpistas criavam identidades fictícias em apps como Tinder e Badoo
- Depois de estabelecer vínculo, inventavam histórias dramáticas para extorquir dinheiro
- Em situações extremas, ameaçavam vazar conversas íntimas
O delegado responsável pela operação, que preferiu não se identificar, foi categórico: "Isso aqui não era amadorismo. Tinha hierarquia, divisão de tarefas e até treinamento para os membros novos". Sério, parece até aquelas franquias de crime organizado que a gente vê na TV — só que, infelizmente, com vítimas reais.
E olha que interessante: segundo as investigações, o grupo movimentou mais de R$ 500 mil só nos últimos seis meses. Dinheiro que, claro, sumia em contas fantasmas e aplicações financeiras de difícil rastreio.
O que fazer para não cair?
Parece óbvio, mas nunca é demais lembrar:
- Desconfie de perfis "perfeitos demais"
- Nunca envie dinheiro para pessoas que você só conheceu online
- Se sentir pressão emocional ou chantagem, denuncie imediatamente
Agora a boa notícia: com as prisões, a polícia acredita ter desmontado pelo menos 80% da estrutura criminosa. Mas, como diz o ditado, "onde há internet, há esperteza" — então o alerta continua valendo.