Operação Ponto Final desmantela rede de tráfico em Santarém e Mojuí dos Campos: veja detalhes
Operação contra tráfico em Santarém apreende drogas e dinheiro

Nem o sol raiando forte na manhã desta quinta-feira (17) foi capaz de esconder o que a Polícia Civil preparava nos bastidores. Enquanto a cidade de Santarém seguia sua rotina — uns tomando café, outros pegando a balsa pro outro lado do rio —, agentes fechavam o cerco contra uma rede de tráfico que teimava em achar que a região era terra sem lei.

Batizada de Operação Ponto Final, a ação — que parece nome de filme policial, mas é realidade pura — cumpriu mandados judiciais em pelo menos seis endereços, entre Santarém e Mojuí dos Campos. E olha que não foi brincadeira: segundo fontes próximas ao caso, os alvos eram figurinhas carimbadas no mercado ilegal de drogas, com esquemas que iam desde a venda no varejo até distribuição para outras cidades.

O que a polícia encontrou?

Pois é, você deve estar se perguntando: será que pegaram os caras mesmo? Ainda não dá pra cravar nomes — a Justiça proíbe —, mas os agentes saíram de lá com:

  • Diversas porções de entorpecentes (maconha, cocaína e crack lideravam o ranking);
  • Dinheiro vivo, aquele que não passa pelo banco, sabe como é;
  • Celulares e anotações que, segundo os investigadores, são a "agenda dos bandidos".

E tem mais: um dos suspeitos, que tentou fugir pelo quintal (clássico!), acabou preso depois de tropeçar num pé de manga. Coisa de cinema, só que sem final feliz pra ele.

Por que essa operação importa?

Quem mora aqui na região já sabe: o tráfico vem transformando bairros inteiros em zonas de guerra não declarada. A diferença dessa vez? A polícia agiu com inteligência — monitorou por semanas, colheu provas e só então partiu pra ação. "Não adianta só chegar batendo", comentou um delegado que preferiu não se identificar. "A gente quer cortar o mal pela raiz."

E parece que a estratégia funcionou. Pelos corredores do DEIC (Departamento Estadual de Investigação Criminal), o clima é de que desmontaram uma peça importante do quebra-cabeça do crime organizado local. Mas, claro, ninguém está comemorando como se fosse o fim — até porque, nesse jogo, quando um cai, outro aparece.

Enquanto isso, nos bairros atingidos pela operação, o silêncio pesado da manhã deu lugar aos murmúrios. "Tomara que dê certo dessa vez", disse uma moradora que não quis dar o nome enquanto arrumava sua barraca de açaí. Ela, como muitos, já cansou de ver a violência virar rotina.