
Nem mesmo o sol forte desta terça-feira (2) impediu que as forças de segurança dessem um golpe duro no crime organizado. Enquanto a maioria dos cidadãos seguia sua rotina matinal, agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) e do Gaeco, do Ministério Público, colocavam em marcha uma operação que há muito era planejada nos bastidores.
O alvo? Uma facção miliciana que, segundo as investigações — que se arrastaram por meses —, aterrorizava moradores e comerciantes em pelo menos três municípios da Baixada: Queimados, São João de Meriti e Seropédica. A situação lá, convenhamos, já estava insustentável.
E não foi pouco o que encontraram. Dois suspeitos foram presos preventivamente — a Justiça já havia dado o aval —, mas o material apreendido é que chama a atenção: três veículos (um deles com blindagem, imagine só), quatro pistolas — uma delas, acredite, adaptada para uso exclusivo de militares —, munição de vários calibres e uma quantia em dinheiro que ainda está sendo contada. Parece cena de filme, mas é a pura realidade.
O Modus Operandi: Medo e Extorsão
De acordo com as apurações, o grupo agia de forma bastante organizada. Eles impunham — à força, claro — "/taxas de segurança" a comerciantes locais e até controlavam pontos de venda de gás e TV a cabo. Quem se recusasse a pagar? Bem, as ameaças eram claras e a violência, uma linguagem que eles dominavam perfeitamente.
"É uma chaga que corrói a liberdade das pessoas", comentou um delegado envolvido na operação, que preferiu não se identificar. E ele tem toda a razão. O poder paralelo desses grupos mina a democracia e prende comunidades inteiras em ciclos de medo.
O Que Esperar Agora?
As investigações, longe de terminarem, devem se aprofundar. Os nomes dos presos ainda não foram divulgados — estratégia comum para não atrapalhar as próximas fases da operação. A expectativa é que novos mandados sejam cumpridos nas próximas horas.
Uma coisa é certa: operações como essa são um sinal importante. Mostram que, embora o problema seja complexo e profundamente enraizado, as instituições não estão cruzando os braços. O recado foi dado, e alto e bom som.