
Numa ação que mistura luxo, dinheiro público e muita ousadia, a Polícia Civil de Minas Gerais colocou as mãos em algo que não cheirava bem — literalmente. E olha que não estamos falando de queijo mineiro estragado.
Nesta quarta-feira (7), durante a Operação Escola Limpa, agentes apreenderam nada menos que cinco carrões de marcas premium em Juiz de Fora. Os veículos — avaliados em milhões — teriam sido adquiridos com recursos desviados do FUNDEB, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.
O esquema que virou pó
Segundo as investigações — que já rolam há meses, diga-se —, um grupo bem articulado criou empresas fantasmas para sugar verbas destinadas à educação. O modus operandi? Superfaturar serviços de merenda escolar e reformas em colégios públicos. Dinheiro que deveria alimentar crianças e melhorar salas de aula acabou abastecendo contas bancárias e garagens particulares.
Entre os bens apreendidos estão:
- Uma BMW X6 zero quilômetro
- Dois Land Rover velozes e furiosos
- Um Porsche Cayenne que faria qualquer professor de matemática chorar
- Um Mercedes-Benz que custa mais que o orçamento anual de algumas escolas
"Isso é só a ponta do iceberg"
Foi o que declarou um delegado envolvido na operação — com aquela cara de quem já viu muita coisa, mas ainda se surpreende. Aparentemente, os investigados tinham até um sistema sofisticado para lavar o dinheiro, usando laranjas e transferências internacionais. Tudo muito bem arquitetado, mas que caiu por terra como castelo de cartas.
E tem mais: documentos apreendidos sugerem que o esquema pode ter desviado mais de R$ 20 milhões nos últimos três anos. Enquanto isso, escolas da região continuam com infraestrutura precária e falta de materiais básicos. Ironia? Crueldade? Ambos, provavelmente.
Agora, os envolvidos — que incluem empresários e, pasmem, alguns funcionários públicos — responderão por crimes como:
- Formação de quadrilha
- Lavagem de dinheiro
- Peculato (aquele velho "roubo do bem público")
- Fraude em licitações
O caso ainda está em desenvolvimento, mas já deixou uma lição clara: quando o assunto é dinheiro público, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Neste caso, das crianças que dependem de uma educação digna.