Operação na Zona Oeste do Rio: Polícia desmonta esquema criminoso e apreende arsenal
Operação apreende 12 fuzis e prende criminosos na Zona Oeste do RJ

O sol nem tinha nascido direito na Zona Oeste do Rio quando as ruas de Santa Cruz e Sepetiba foram tomadas por um movimento incomum. Não era trânsito, muito menos obra. Era a Polícia Civil, e eles não estavam ali para brincadeira. Mais de duzentos policiais, um verdadeiro exército fardado, executando mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa que agia como se dona da região fosse.

O que eles encontraram? Sinceramente, é de tirar o fôlego de qualquer um. A lista de apreensões parece saída de um filme de ação — e dos bons. Doze fuzis, gente. Doze. Além disso, pistolas, revólveres, coletes balísticos e uma quantidade de munição que daria para abastecer um pequeno conflito. E como se não bastasse, drogas. Muita droga. Cocaína, maconha e crack, tudo pronto para alimentar o vício e a violência que assolam as comunidades.

Mas a operação, batizada de 'Hibiscus', foi além do material. Três pessoas foram presas em flagrante. Você imagina a cena? O sujeito, tranquilão, manuseando um fuzil ou separando drogas, e de repente se vê cercado, sem chance de escapatória. A justiça chegou de sopetão, sem avisar.

E tem mais. Dois carros foram apreendidos. Provavelmente usados para o transporte desse arsenal todo. É assustador pensar na frieza, na logística por trás disso. Esses carros transitavam pelas nossas ruas, misturados ao tráfego comum, como se fossem inocentes. Mas não eram.

Tudo isso foi possível graças a um trabalho de inteligência que durou meses. Investigadores mergulharam fundo no modo de operação desse grupo, que — pasmem — recrutava adolescentes para fazer o trabalho sujo. Explorando a vulnerabilidade dos mais novos, cooptando-os para uma vida de crime. É de uma crueldade sem tamanho.

O delegado Fábio Pinheiro Lopes, da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime Organizado, não escondeu a satisfação. Para ele, a operação foi um golpe duro na estrutura financeira e logística da facção. Cada fuzil apreendido, cada quilo de droga retirado das ruas, representa vidas potencialmente salvas. Representa menos tiroteio, menos medo, mais paz.

E agora? O trabalho continua. As investigações não param. Os presos vão responder por formação de quadrilha, tráfico de drogas e posse de arma de fogo de uso restrito. A expectativa é que novos desdobramentos surjam, novas prisões aconteçam. A mensagem que fica é clara: o crime não compensa. E a Zona Oeste, pelo menos hoje, respira um pouco mais aliviada.