Era uma manhã como qualquer outra em Rondônia — até que os agentes bateram à porta. O Ministério Público local, mais afiado que faca de açougueiro, colocou em ação a nova fase da Operação Soldados da Usura. E olha, o negócio tá quente.
Desde as primeiras horas desta quarta (16), uma verdadeira caçada humana vem rolando em pelo menos três municípios do estado. Porto Velho, claro, no centro das atenções, mas Ji-Paraná e Vilhena também entraram no radar. Tudo por conta de um esquema que, convenhamos, não tem nada de santo: empréstimos ilegais com juros que fazem até o agiota do filme tremer.
O que já rolou até agora?
- 5 mandados de prisão — desses que não dão nem tempo de arrumar a mala
- 7 ordens de busca e apreensão executadas antes do café esfriar
- Dinheiro, documentos e celulares apreendidos como se fossem ouro de contrabando
Segundo fontes que preferiram não ter o nome estampado — e quem pode culpá-las? —, os investigados transformaram o crédito fácil num circo de horrores. Juros que beiram o absurdo, cobranças que mais parecem sequestro, e uma rede que se espalha feito praga em tempos de chuva.
Não é brincadeira
O promotor responsável pela operação, em declaração que parece tirada de filme policial, foi direto ao ponto: "Quem acha que agiotagem é crime de colarinho branco vai ver que a cadeia não faz distinção." Palavras duras, mas necessárias num estado onde o desespero por dinheiro fácil acaba virando combustível para esses esquemas.
Curiosidade: o nome "Soldados da Usura" não foi escolhido à toa. Remete àqueles que, em vez de proteger, sugam até a alma — uma analogia que dói pela precisão. E enquanto isso, nas ruas, o burburinho não para. Será que pegaram o "rei" da agiotagem? Ou será só mais um capítulo nessa novela sem fim?
Uma coisa é certa: o MP promete que essa é só a primeira leva. A operação continua, e os próximos dias prometem mais reviravoltas. Fiquem ligados.
