O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) deu um passo crucial no caso que abalou o país: apresentou denúncia formal contra o suposto mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. O crime completa três anos nesta quarta-feira (5), sem que os familiares das vítimas tenham obtido justiça.
Os detalhes da denúncia
Segundo documentos do MP, o acusado – cuja identidade segue preservada por decisão judicial – teria ordenado e financiado a execução dos dois profissionais. A denúncia sustenta que o crime foi premeditado e está diretamente ligado às atividades de proteção territorial desenvolvidas por Bruno na região do Vale do Javari.
Linha do tempo do caso
- Junho de 2022: Bruno e Dom desaparecem durante viagem na Amazônia
- Junho de 2022: Corpos são encontrados após buscas intensivas
- 2023-2024: Investigações apontam para envolvimento de facção criminosa
- Junho de 2025: MP apresenta denúncia contra mandante intelectual
Repercussão internacional
O caso ganhou dimensão mundial devido ao perfil das vítimas: Dom Phillips era colaborador do The Guardian, enquanto Bruno Pereira era reconhecido internacionalmente por seu trabalho com povos indígenas. Organizações de direitos humanos e entidades jornalísticas acompanham atentamente o desenrolar do processo.
Familiares das vítimas manifestaram, através de nota, esperança de que a denúncia represente o início da efetiva apuração do crime. "Três anos de dor e perguntas sem resposta. Esperamos que a justiça finalmente seja feita", declarou a viúva de Bruno Pereira.
