
Era para ser um exercício de rotina, mais um daqueles treinamentos que passam despercebidos. Mas o que os mergulhadores da Polícia Rodoviária Federal encontraram nas águas de Itajaí nesta semana não tinha nada de comum. Nem um pouco.
Durante um mergulho de instrução — sim, você leu certo —, a equipe se deparou com algo que transformou o exercício numa megaoperação antidrogas. Aperte o cinto: eram 200 quilos de cocaína, meticulosamente acondicionados em compartimentos submersos no casco de um navio.
Como Tudo Aconteceu? A Descoberta que Mudou Tudo
Parece roteiro de filme, mas é a pura realidade. Os agentes estavam em águas catarinenses, focados em aprimorar técnicas de busca e resgate, quando notaram uma anomalia na estrutura subaquática da embarcação. Algo… fora do lugar.
Nada de suspeitas prévias, nenhuma denúncia anônima. Foi a perícia dos profissionais, o olho clínico apurado pelo ofício, que levou à descoberta. E que descoberta.
Os blocos de cocaína, segundo os peritos, estavam embalados a vácuo — técnica comum para evitar danos pela umidade e para facilitar o transporte. A droga, avaliada em dezenas de milhões de reais no mercado negro internacional, estava pronta para seguir viagem.
Uma Apreensão com Sabor de Vitória (e Muito Trabalho)
A PRF não divulgou detalhes sobre a nacionalidade do navio ou seu destino final, mas é certo que a carga ilegal não chegou nem perto de seu destino. Tudo foi apreendido e encaminhado para perícia. Agora, as investigações correm soltas para desvendar a rede criminosa por trás dessa tentativa ousada — e falha.
Não é todo dia que um treinamento vira capítulo de investigação internacional. Mas quando vira, é porque deu certo. E como deu.
O delegado responsável pela operação afirmou, em tom contundente, que a descoberta reforça a importância do investimento em formação e equipamento para as forças de segurança. "Às vezes, o acaso trabalha a favor da lei", arriscou um dos agentes, sob condição de anonimato.
E não é que é mesmo?