
Numa ação que parece saída de roteiro de filme policial, a orla do Educandos, em Manaus, virou palco de uma operação que deixou até os agentes mais experientes de queixo caído. Meia tonelada — sim, você leu certo — de drogas variadas e um arsenal que incluía nada menos que sete fuzis de guerra foram apreendidos numa lancha que parecia mais um depósito flutuante do crime.
O que começou como uma investigação de rotina — aquelas que os policiais fazem no piloto automático — rapidamente escalou para algo digno de episódio de série de streaming. A equipe, que vinha monitorando movimentos suspeitos na região há semanas, finalmente botou a mão na massa (ou melhor, nas drogas) na madrugada desta quinta-feira.
O que encontraram?
Além da impressionante quantidade de entorpecentes — que daria para encher o porta-malas de vários carros —, os agentes se depararam com:
- Sete fuzis AR-15, desses que fazem barulho até em filme dublado
- Diversas munições, suficientes para pequena guerra urbana
- Equipamentos de comunicação que fariam inveja a operadoras de telefonia
"Quando abrimos os compartimentos, até eu que já vi de tudo nessa vida fiquei pasmo", confessou um dos policiais envolvidos na operação, pedindo para não ser identificado. "Era tanto produto ilícito que a lancha quase não conseguia flutuar direito."
Como foi a abordagem?
Os detalhes da ação — que teve participação de várias unidades policiais — mostram o nível de sofisticação que o crime organizado alcançou na região. A lancha, que parecia comum à primeira vista, tinha compartimentos secretos tão bem feitos que até enganaram os cães farejadores inicialmente.
Mas os policiais, que não nasceram ontem, usaram técnicas aprendidas em anos de rua para localizar o carregamento. "Tem cheiro que não engana", comentou um dos agentes enquanto embalava as evidências.
Até o momento, ninguém foi preso — o que, convenhamos, é frustrante. As investigações continuam para desvendar toda a rede por trás desse esquema que, pelo volume apreendido, não era operação de amador.
Moradores da região, acostumados com o vai e vem de embarcações, disseram ter notado movimentação estranha nos últimos dias. "A gente até desconfia, mas fica com medo de falar", admitiu uma senhora que preferiu não se identificar. Compreensível, não?