
Era uma madrugada qualquer em Roraima — até que virou história. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) acabou de escrever seu nome a ouro (literalmente) nos anais da fiscalização brasileira. Numa operação que misturou inteligência, sorte e muito faro policial, agentes interceptaram nada menos que a maior carga ilegal do mineral já apreendida no país. Algo que deixaria até os bandeirantes do século XVI com inveja.
Ouro no asfalto
Detalhes? Ah, temos de sobra. Os caminhões pareciam comuns — desses que cruzam o Norte do Brasil carregando de tudo, menos honestidade. Mas aí entraram em cena os olhos treinados da PRF. "Algo não cheirava bem", contou um dos agentes, que preferiu não se identificar. E não era para menos: as carretas escondiam centenas de quilos de ouro em pó e barras, sem qualquer documentação.
O volume é tão absurdo que:
- Daria para comprar um prédio inteiro em São Paulo
- Supera em 3 vezes a última grande apreensão
- Representa meses de trabalho em garimpos clandestinos
Rota do contrabando
O que mais assusta? A sofisticação. O ouro seguia disfarçado em compartimentos ocultos — técnica que lembra filmes de espionagem, não operações de garimpeiros. Tudo indica que o material saía de áreas de exploração ilegal em terras indígenas ou unidades de conservação, onde a extração é proibida. Destino final? Provavelmente o exterior, onde o "ouro sujo" vira joias "limpas" nas mãos de compradores distraídos.
"Isso aqui é só a ponta do iceberg", alertou o superintendente regional da PRF, visivelmente impressionado. Ele tem razão: para cada carga apreendida, quantas escapam? A operação continua, e os investigadores já mapeiam uma rede complexa que envolve desde "laranjas" até empresários do setor mineral.