
Não é todo dia que a Justiça mexe seus pauzinhos para realocar peças pesadas do tabuleiro do crime. Dessa vez, dois nomes de peso do Comando Vermelho — aquela facção que não brinca em serviço — foram tirados de Bangu e despachados para a Penitenciária Federal do Paraná. O motivo? Segurança, claro. E quando o assunto é esse, o governo não costuma dar mole.
Segundo fontes que preferem não se identificar (afinal, ninguém quer virar alvo), a transferência ocorreu sob escolta pesada. Helicópteros, blindados, aquela coisa toda que a gente vê em filme — só que na vida real, onde um passo em falso pode custar caro.
Por que o Paraná?
Parece aleatório, mas não é. A penitenciária de Catanduvas é uma das mais seguras do país. Dizem que lá, até o vento tem dificuldade de entrar. Para líderes de facções acostumados a mandar recados de dentro das celas, esse tipo de isolamento é um balde de água fria.
E olha que interessante: enquanto alguns acham que a medida é exagero, outros juram de pés juntos que é pouco. "Bandido de alto escalão deveria ficar em solitária permanente", soltou um delegado aposentado que pediu pra não ter o nome divulgado. Já um defensor público rebate: "Transferência é tática midiática. O problema real está na investigação das finanças do crime".
O que muda na prática?
- Comunicação cortada — sem celular, sem visita suspeita, sem mensagem cifrada
- Rotina controlada por câmeras 24h — big brother de verdade
- Distância geográfica — 800 km do Rio dificultam operações de resgate (sim, já aconteceu)
Ah, e detalhe: essa não é a primeira vez que o governo usa o Paraná como "purgatório" para chefões. Em 2019, outro nome grande foi parar lá e... bom, digamos que não conseguiu continuar seus "negócios". Coincidência? O ministério da Justiça só diz que segue protocolos.
Enquanto isso, nas quebradas do Rio, o burburinho é grande. Tem quem ache que a facção vai querer retaliar, outros apostam que novos nomes vão surgir para preencher o vazio. Só o tempo — e as próximas operações policiais — vão dizer.