
Não demorou muito para a operação dar certo. Na Vila Coringa, aquela região que todo mundo conhece mas poucos comentam, a PM fez o que tinha que fazer: prendeu um jovem de 22 anos que, pasmem, era tido como o gerente local do tráfico. Sim, gerente – como se fosse um cargo corporativo, mas com consequências infinitamente mais sombrias.
A ação, que rolou na tarde de quarta-feira (27), não foi por acaso. Tinha dedo de inteligência policial ali, fruto de investigações minuciosas sobre o domínio do crime na área. E olha, o material apreendido não era pouco: uma pistola ponto 40, fifteen munições intactas (prontas para o que der e vier) e porções de cocaína que certamente não iam ser usadas em festinha de aniversário.
O cenário era típico, mas não menos assustador
Perto das escadarias da Rua João Alves da Silva, o tal jovem – cujo nome não foi divulgado, afinal, a justiça precisa seguir seu curso – foi abordado. Desconfiaram dele ali, parado, como quem espera encomenda ou cliente. A postura era suspeita, e a experiência dos PMs não deixa margem para ingenuidade.
Na hora da revista, veio a confirmação. A arma estava com ele, assim como as munições. E a droga, é claro. Tudo junto e misturado, num pacote de ilegalidades que virou rotina em certos cantos da cidade.
E agora, o que acontece?
O preso foi levado para a delegacia, e o caso agora está sob os cuidados da Justiça. Vai responder por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo – e duvido que a defesa vá ter facilidade para rebater as evidências.
Barra Mansa, mais uma vez, vê um desses episódios se desenrolar. A região metropolitana do RJ, como todo mundo sabe, vive sob tensão constante entre a atuação policial e a presença pesada do crime. E essa prisão, ainda que seja apenas uma a mais no noticiário, simboliza um recado: a PM está de olho. Mesmo quando parece que não.
Será que isso inibe outros? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: enquanto houver quem gerencie o tráfico como negócio, vai ter operação policial para cortar o mal pela raiz. Ou pelo menos tentar.