
Era pra ser mais um dia comum na pacata São Gonçalo dos Campos, no interior da Bahia. Mas o que começou como uma terça-feira qualquer terminou em tragédia — daquelas que deixam até os mais endurecidos de cabelo em pé.
Segundo fontes policiais, um homem (cuja identidade ainda não foi divulgada) foi executado a sangue frio após, pasmem, ter dito "não" a uma proposta de trabalho. Só que não era qualquer emprego: era para atuar nas fileiras de uma facção criminosa que age na região.
"Não" que custou caro
Parece roteiro de filme, mas é a pura realidade. De acordo com os investigadores, a vítima — que já teria algum histórico com a justiça — recebeu a "oferta" dias antes. Recusou. Insistiram. Ele manteve a posição. Até que, na tarde de segunda-feira (28), tudo acabou de forma brutal.
"Quando a gente fala em recrutamento forçado, muita gente acha que é coisa de filme. Ledo engano", comenta um delegado que prefere não se identificar. "Esses grupos não aceitam não como resposta. E quando alguém cruza o caminho deles..." — a frase fica no ar, mas a mensagem é clara.
Os detalhes que assustam
- O crime ocorreu em via pública, num horário movimentado
- Testemunhas relataram ter ouvido pelo menos cinco disparos
- A polícia encontrou no local cartuchos de calibre 9mm
- Nenhum suspeito foi preso até o momento
E o que mais deixa os moradores com a pulga atrás da orelha? O modus operandi. "Foi coisa rápida, profissional. Não deixaram rastro", conta uma comerciante que pediu para não ser identificada — afinal, ninguém quer ser o próximo alvo.
Enquanto isso, a Delegacia de Homicídios tenta desvendar o caso. Mas é aquela velha história: num jogo onde as testemunhas têm mais medo de falar do que de morrer, fica difícil fechar o quebra-cabeça. Resta saber se dessa vez a justiça — ou o acaso — fará seu trabalho.