
Era pra ser uma porta de entrada para a mobilidade, mas virou um pesadelo. O Detran de Rondônia acaba de desbaratar um esquema que transformava sonhos em dor de cabeça — e prejuízo no bolso. A máfia agia sob o manto do CNH Social, programa que deveria facilitar a vida de quem precisa.
Funcionava assim: os golpistas criaram uma lista paralela de "privilegiados" que nunca existiu. Cobravam até R$ 2 mil de vítimas desesperadas, prometendo agilizar processos que, na verdade, seguiam o ritmo normal. Um verdadeiro teatro da ilusão.
O modus operandi
Os criminosos — que pareciam ter saído de um roteiro de filme policial — usavam táticas de pressão psicológica:
- Ligações insistentes marcadas para horários inusitados
- Falsos prazos curtos para "não perder a vaga"
- Documentação adulterada com carimbos que pareciam reais (mas eram obra de artistas do crime)
E o pior? Muitas vítimas só percebiam o golpe quando já estava tarde demais. "Paguei três parcelas antes de desconfiar", relatou um comerciante de Porto Velho que preferiu não se identificar — com medo, claro.
Como o Detran descobriu
Foi uma denúncia anônima que acendeu o alerta. Durante semanas, fiscais cruzaram dados como detetives digitais, até encontrar:
- Nomes repetidos em listas diferentes
- Depósitos bancários com valores idênticos em dias consecutivos
- Endereços de e-mail suspeitos vinculados a vários cadastros
"A fraude era sofisticada, mas deixou rastros", admitiu um agente envolvido na operação, que pediu para não ser nomeado porque... bem, você sabe como é.
Pra quem tá pensando em tentar o CNH Social agora: fique esperto! O Detran garante que nunca cobra por inclusão no programa. Se alguém pedir dinheiro, é golpe na certa — sem meio termo.