
Era uma manhã como qualquer outra no Rio de Janeiro — até que a rotina de alguns funcionários de transportadoras virou de cabeça pra baixo. A polícia botou a mão na massa e prendeu vários deles, acusados de um esquema que parece saído de filme: repassar dados sigilosos de cargas pra bandidos de olho grande.
Segundo as investigações — que rolaram em sigilo por meses —, os caras usavam o acesso privilegiado às informações das empresas pra dizer quando e onde mercadorias valiosas estariam transitando. Tudo muito organizado, como se fosse um serviço de inteligência às avessas.
Como o esquema funcionava?
Parece brincadeira, mas era coisa séria:
- Os funcionários — alguns com anos de casa — tinham senhas e sistemas internos na ponta dos dedos
- Repassavam horários de entregas, rotas e até detalhes do que tava nos caminhões
- Os criminosos usavam esses dados pra planejar assaltos com precisão cirúrgica
Não à toa, o prejuízo das transportadoras já tava batendo na casa dos milhões. E olha que a polícia acredita que isso é só a ponta do iceberg.
"Era quase um delivery de informações"
Um delegado envolvido na operação soltou essa pérola durante o briefing. Parece exagero, mas quando você vê como os dados eram repassados — às vezes por mensagens cifradas, outras em encontros rápidos —, faz todo o sentido.
O pior? Alguns dos presos nem ganhavam tanto assim pelo serviço sujo. Tinha gente recebendo mixaria pra colocar a carreira — e a liberdade — em risco. Pra quê, né?
Agora, a grande pergunta que fica: quantos esquemas iguais a esse ainda estão rolando por aí, sem que ninguém desconfie? A polícia garante que a investigação não para por aqui — e que outras empresas podem estar na mira.