
Parece coisa de filme, mas é a pura realidade soteropolitana. Uma investigação minuciosa da TV Bahia escancarou nos últimos dias uma operação criminosa que mais parece roteiro de série policial – só que, infelizmente, com vítimas reais e prejuízos que todo mundo acaba pagando.
O alvo? Cabos de cobre. Sim, aqueles mesmos que ficam pendurados nos postes e sob o asfalto, carregando energia e comunicação para meio mundo. O que era para ser sucata virou, nas mãos erradas, uma mina de ouro ilegal.
Como Funcionava o Esquema?
Não era amadorice. A coisa era organizada, tinha divisão de tarefas e uma logística que daria inveja a muita empresa por aí. Os caras agiam com uma ousadia impressionante – e uma falta total de consideração com o cidadão comum.
- Os "catadores": Geralmente pessoas em situação vulnerável, recrutadas para fazer o serviço pesado. Arrancavam os cabos com tal brutalidade que parecia que um trator tinha passado por lá.
- Os intermediários: Quem comprava o material roubado, sabendo perfeitamente da sua origem quente. Feirões viraram pontos de venda disfarçados.
- Os receptadores>: Empresas de fundo de quintal que derretiam tudo, transformando o cobre furtado em barras irreconhecíveis, prontas para sumir no mercado.
O resultado? Uma porção de bairros ficou no escuro, sem internet, sem telefone. Prejuízo para as concessionárias – que obviamente repassam o custo para a gente – e um transtorno danado para quem precisa trabalhar, estudar ou simplesmente viver.
Além do Prejuízo Financeiro
Aqui vai o que mais me revolta: não é só sobre dinheiro. É sobre segurança pública. Alguns desses furtos aconteceram em plena luz do dia, com os bandidos usando uniformes falsos para parecerem funcionários. A cara de pau é tanta que chega a dar um misto de raiva e admiração – pela audácia, claro, não pelo acto.
E tem mais. A violência contra o patrimônio público e privado deixa a cidade mais feia, mais vulnerável e menos funcional. É um ciclo vicioso: o crime enfraquece os serviços, a população fica insatisfeita, e a sensação de impunidade só cresce.
As autoridades já foram acionadas, dizem que estão investigando. Mas, entre nós, você acredita em promessa de político? Eu fico na esperança, mas com o pé atrás. Enquanto isso, o baiano continua pagando a conta – literalmente.