
Era uma propriedade comum, dessas que você vê em qualquer cidade litorânea. Mas o que aconteceu dentro daquelas paredes transformou o lugar em cenário de pesadelo. A casa, localizada no bairro Balneário Santa Rosa, em Peruíbe, tornou-se palco de um crime que chocou até os investigadores mais experientes.
O proprietário do imóvel — imagine só — alugou o lugar sabendo perfeitamente que seria usado para atividades criminosas. E não qualquer atividade: estamos falando de um grupo que planejava e executava assassinatos a sangue frio.
O crime que parou a cidade
No dia 1º de setembro, a rotina pacata do litoral paulista foi interrompida por uma descoberta macabra. Dentro daquela casa, encontraram o corpo de Carlos Alberto Augusto, 65 anos. Ex-delegado da Polícia Civil. Executado. Três tiros. Dois no tórax, um na cabeça.
Não foi crime passional, briga de trânsito ou discussão entre vizinhos. Foi execução pura. Profissional. O tipo de coisa que te faz questionar até onde vai a audácia do crime organizado.
A investigação que não dormiu
Os investigadores — esses heróis anônimos — trabalharam sem descanso. Seguiram pistas, analisaram imagens de câmeras, conversaram com fontes. E descobriram o óbvio que não era tão óbvio assim: a casa não foi escolhida por acaso.
O proprietário, cujo nome não foi divulgado (por questões óbvias), não era apenas um senhorio distraído. Sabia perfeitamente o que aconteceria ali. E alugou mesmo assim.
Na terça-feira, 16 de setembro, a polícia fez o que tinha que ser feito. Prendeu o homem em flagrante por facilitar o trabalho de organização criminosa. Coisa séria.
Os detalhes que assustam
- A casa foi alugada especificamente para servir de esconderijo e local de execuções
- O grupo criminoso agia com método quase militar — entrada, ação, saída
- Vizinhos relataram movimentação estranha, mas ninguém imaginava a gravidade
- O ex-delegado foi levado até o local já como vítima — sequestro prévio
O mais surreal? O proprietário continuou cobrando o aluguel normalmente durante todo o período. Como se alugar uma casa para assassinos fosse a coisa mais normal do mundo.
O delegado responsável pelo caso, Emerson Merenciano, foi direto ao ponto: "Ele tinha plena ciência das atividades ilícitas. Não foi conivente por ignorância, mas por opção".
Agora o homem responde nas legalidades. E a pergunta que fica é: quantos outros imóveis estão sendo usados assim, enquanto seus donos fazem vista grossa?
O caso continua sob investigação. E algo me diz que essa história ainda vai dar muito pano pra manga.