
O cenário mudou para os envolvidos no massacre que chocou a Praia do Sol, na Paraíba. A Justiça — sem meias palavras — decidiu que os suspeitos não vão respirar ares de liberdade tão cedo. As prisões temporárias viraram preventivas, e o motivo é simples: as provas estão pesando como chumbo.
Quem acompanha o caso sabe que a coisa tá feia. Sete vítimas, execução à queima-roupa, e um rastro de perguntas sem resposta. Os investigadores, com a paciência de quem monta quebra-cabeça sem ver a imagem, juntam peças que não batem. E enquanto isso, os acusados seguem no xadrez.
O que diz a decisão?
O juiz — vamos chamá-lo de 'cauteloso' — não deu moleza. Alegou risco à ordem pública e à investigação. Traduzindo: se soltar, a confusão pode piorar. E ninguém quer isso, né?
Detalhe curioso: dois dos presos têm histórico criminal mais longo que fila de banco em dia de pagamento. Roubo, tráfico, homicídio... O terceiro, supostamente 'limpo', teria sido o olheiro. Mas a Justiça não comprou essa versão.
E as famílias?
Do lado de fora do tribunal, mães seguravam fotos dos filhos como se fossem escudos. "A gente quer justiça, não vingança", disse uma delas, com voz que tremia mas não se quebrava. Difícil não emocionar.
Os advogados de defesa — sempre eles — alegam excesso de prazo e falta de provas concretas. Mas o Ministério Público rebate: "Temos ligações telefônicas, testemunhas e até armas apreendidas". Parece jogo de xadrez onde as peças são vidas.
Enquanto isso, na Praia do Sol, o mar continua batendo na areia como se nada tivesse acontecido. Mas os moradores sabem: algumas marcas não saem com a maré.