
Numa tarde que parecia comum em Santo Antônio de Pádua, no interior do Rio, a rotina de um casal e uma mulher foi interrompida de forma brusca. A polícia — que vinha monitorando os suspeitos há semanas — decidiu agir. E não foi pouco o que encontraram.
Dentro de um apartamento modesto, escondidos em lugares que iam de caixas de sapato a embalagens de alimentos, estavam pacotes de cocaína e maconha prontos para distribuição. Segundo os agentes, o trio agia de forma organizada, atendendo a uma clientela fixa na região.
Operação foi rápida, mas planejada
"A gente já suspeitava há tempos", confessou um dos policiais envolvidos, que preferiu não se identificar. A ação — que durou menos de duas horas — foi resultado de denúncias anônimas e trabalho de inteligência. (E olha que quase deram o golpe nos policiais, tentando despistar com um suposto aluguel do imóvel).
- O que foi apreendido: 85 porções de cocaína, 25 tabletes de maconha e R$ 1.200 em dinheiro
- Modus operandi: Usavam código via WhatsApp e entregas "sob encomenda"
- Surpresa: Um dos detidos já tinha passagem por roubo qualificado
Curiosamente, os vizinhos — aqueles que sempre sabem de tudo — juraram de pés juntos que não desconfiavam de nada. "Eles eram quietos, não faziam barulho", disse uma senhora que mora no mesmo prédio há 15 anos. Mas, como diz o ditado, onde há fumaça...
E agora, José?
Os três foram levados para a delegacia local e devem responder por tráfico de drogas. Se condenados, a pena pode chegar a 15 anos de prisão. Enquanto isso, a polícia investiga possíveis conexões com facções criminosas da região — porque dificilmente esse tipo de operação para por aí.
Moradores esperam que a ação sirva de exemplo. "A gente vive com medo dessas coisas", desabafou um comerciante da área, que pediu para não ter o nome revelado. Resta saber se essa foi apenas a ponta do iceberg ou se de fato trará algum alívio para a comunidade.