Brasileiros apoiam classificar facções criminosas como terroristas, revela pesquisa Genial/Quaest
Brasileiros querem facções como terroristas

Uma pesquisa exclusiva realizada pelo Genial/Quaest revelou um dado significativo sobre a percepção dos brasileiros em relação ao combate ao crime organizado: a maioria da população defende que as facções criminosas sejam enquadradas como organizações terroristas.

O que revelam os números

O estudo, conduzido entre dias 12 e 15 de janeiro, mostra que mais da metade dos entrevistados apoia a medida que permitiria utilizar instrumentos jurídicos e de inteligência tipicamente destinados ao combate ao terrorismo contra as organizações criminosas que atuam no país.

Implicações jurídicas e operacionais

A classificação de facções como organizações terroristas traria mudanças profundas no enfrentamento ao crime. Entre as principais consequências estão:

  • Ampliação de poderes investigativos para órgãos de segurança
  • Possibilidade de congelamento de bens e recursos financeiros
  • Maior cooperação internacional no combate às organizações
  • Instrumentos jurídicos mais rigorosos para processar integrantes

Contexto nacional

O debate ganhou força nos últimos meses após uma série de episódios de violência em diversos estados brasileiros, onde facções criminosas demonstraram capacidade de paralisar cidades inteiras e desafiar o poder do Estado.

Especialistas em segurança pública apontam que as organizações criminosas brasileiras evoluíram em sua estrutura e modus operandi, adotando táticas que se assemelham a grupos terroristas em sua capacidade de causar pânico social e desestabilizar a ordem pública.

Opinião pública dividida

Apesar da maioria favorável à medida, a pesquisa também identificou setores da sociedade que expressam preocupação com possíveis efeitos colaterais da mudança legislativa, incluindo riscos de criminalização de movimentos sociais e ampliação excessiva do poder estatal.

O tema promete continuar em debate no Congresso Nacional e nas esferas do Judiciário, com projetos de lei já em tramitação que buscam implementar mudanças na classificação legal dessas organizações.

A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.000 pessoas em todo o território nacional, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%, representando um retrato atualizado do pensamento da sociedade brasileira sobre esse tema crucial para a segurança nacional.