
Numa tarde aparentemente comum no bairro de São Cristóvão, em Salvador, a rotina foi quebrada por uma ação tão repentina quanto eficaz. A Polícia Militar, seguindo aquilo que chamamos de ‘faro investigativo’, prendeu em flagrante uma mulher — cuja identidade, por ora, permanece sob sigilo — sob a acusação pesada de tráfico de entorpecentes.
Parece que a sorte (ou a falta dela) não estava do lado da suspeita. Os agentes se depararam com nada menos que 49 porções de maconha, prontas para o comércio ilegal, e mais 13 pedras de crack. Um verdadeiro arsenal de destruição, disfarçado no cotidiano do subúrbio.
O que choca, além do volume, é a frieza. Tudo estava meticulosamente embalado, organizado para a venda. Não era um achado ocasional; era, sim, um estoque ativo. A abordagem aconteceu por volta das 15h desta sexta-feira (30), horário em que a movimentação costuma aumentar — quem nunca?
Não foi por acaso
A operação não surgiu do zero. Denúncias anônimas, aquelas vozes da comunidade que cansam da violência, guiaram as equipes até o local. E não deu outra: a mulher foi surpreendida com as drogas em posse, sem direito a desculpas ou explicações convincentes.
Ela já foi encaminhada para a Delegacia Territorial do bairro, onde a papelada corre solta. Aguarda-se, agora, a decisão judicial sobre sua situação. Enquanto isso, a PM garante que as investigações continuam. Alguém abastecia aquela quantidade. Alguém comprava. A rede não para numa ponta só.
Casos como esse, francamente, são um misto de alívio e preocupação. Alívio porque uma fonte de drogas foi cortada — ainda que temporariamente. Preocupação porque isso é só a ponta de um iceberg gigante, que assombra não só São Cristóvão, mas tantos outros cantos dessa cidade.
E aí, será que operações como essa são suficientes? Ou será que estamos sempre correndo atrás do prejuízo? A discussão é longa, mas o fato de hoje é claro: uma pessoa a menos nas ruas com esse tipo de produto ilegal.