Restos carbonizados achados em sítio de namorado de estudante trans morta em Ilha Solteira chocam polícia
Restos ósseos achados em caso de estudante trans morta

Um cenário macabro que parece saído de filme de terror. Foi assim que os agentes da lei descreveram a descoberta de fragmentos ósseos carbonizados numa propriedade rural de Ilha Solteira, interior paulista. O local? Justamente onde mora o namorado da estudante trans cujo assassinato brutal chocou a região há poucas semanas.

Os peritos trabalharam sob um sol escaldante - daqueles que faz a testa escorrer suor antes mesmo das 10h - para recolher cada vestígio. "Quando você acha que já viu de tudo nessa profissão, aparece um caso desses", comentou um investigador veterano, esfregando os olhos cansados. As cinzas ainda mantinham traços de matéria orgânica, segundo fontes próximas ao caso.

O que se sabe até agora

Detalhes cruciais começam a emergir:

  • Os restos mortais foram encontrados numa área isolada do terreno
  • Equipamentos de jardinagem estavam próximos ao local - será que foram usados para cavar?
  • Testemunhas relatam ter visto fumaça no local na semana passada

O delegado responsável, um sujeito de fala mansa mas olhar penetrante, evitou especulações. "Estamos seguindo todas as pistas com rigor técnico", disse, ajustando o relógio de pulso enquanto falava com a imprensa. Mas não dá pra ignorar o timing suspeito: a descoberta ocorre exatamente quando o principal suspeito - o tal namorado - começava a ser pressionado por novas provas.

Um crime que abalou a comunidade LGBTQIA+

A vítima, cujo nome social respeitaremos aqui, era conhecida por seu ativismo local. "Ela tinha aquela luz que algumas pessoas irradiam, sabe?", lembra uma amiga, a voz embargada. O caso reacendeu o debate sobre violência contra pessoas trans no Brasil - aquele tipo de discussão que sempre começa com indignação, mas logo some das manchetes.

Enquanto isso, na delegacia, o ritmo é frenético. Dois investigadores debruçados sobre mapas, três telefonemas simultâneos, café requentado pela terceira vez. E uma pergunta que paira no ar abafado: será que esses ossos calcinados finalmente trarão justiça para essa história?