
Era uma madrugada tensa em Belém quando os agentes da Polícia Federal fecharam o cerco. Dois nomes que estavam há meses na lista dos mais procurados do estado finalmente caíram na rede. João (nome fictício), 32 anos, e Marcos (também fictício), 28, respiravam aliviados — achando que nunca seriam pegos. Engano deles.
Os dois eram acusados de crimes que chocaram a região: um homicídio brutal em plena luz do dia e um feminicídio que deixou a comunidade em estado de choque. "Eles achavam que iam escapar impunes", contou um delegado que preferiu não se identificar. "Mas a PF não esquece."
Operação minuciosa
Foram semanas de investigação — rastreando cada movimento, analisando padrões, montando o quebra-cabeça. Quando a hora certa chegou, a ação foi rápida como um raio. Dois endereços diferentes, duas prisões simultâneas. Sem troca de tiros, sem drama desnecessário. "Tudo calculado nos mínimos detalhes", explicou o chefe da operação.
- João foi encontrado escondido na casa de um parente distante, tentando passar despercebido
- Marcos estava em um bar da periferia, como se nada tivesse acontecido
- Ambos tinham mandados de prisão em aberto há mais de oito meses
O que mais choca? As vítimas. No caso do feminicídio, uma jovem de 24 anos que simplesmente quis terminar o relacionamento. No homicídio, um comerciante que "ousou" testemunhar contra o grupo. Histórias que, infelizmente, se repetem demais por aqui.
E agora?
Os acusados já estão atrás das grades, aguardando julgamento. A Polícia Federal garante que vai continuar "varrendo" o estado atrás de outros criminosos foragidos. "Essa foi só a primeira leva", avisou um dos agentes, enquanto organizava a papelada.
Para as famílias das vítimas, um pequeno alívio — mas a dor, essa vai demorar muito mais para passar. Como disse a mãe de uma das vítimas: "Prisão não traz ninguém de volta, mas pelo menos impede que façam isso com outras famílias".