
O Ministério Público do Rio (MPRJ) resolveu botar o dedo na ferida — e não foi pouco. Na terça (16), a instituição apresentou uma denúncia formal contra uma revista de torcedor do Fluminense que circulou no entorno do Maracanã. O motivo? Uma capa que deixou muita gente de cabelo em pé, com teor claramente racista.
Não dá pra fingir que não viu. A publicação, que supostamente seria "humorística", cruzou a linha do aceitável ao trazer ilustrações e textos que beiram o absurdo. Segundo o MPRJ, o material configura injúria racial, crime previsto no artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal.
O estrago tá feito
Nas redes sociais, a polêmica explodiu feito fogos em dia de jogo. Torcedores de diversos times — sim, até os rivais — se uniram para condenar o conteúdo. "Isso não é torcida, é crime mesmo", disparou um usuário no X (antigo Twitter). Outros lembraram episódios recentes de discriminação no futebol brasileiro, como se o esporte ainda não tivesse aprendido a lição.
O Fluminense, por sua vez, saiu do banco de reservas pra se posicionar. Em nota oficial, o clube repudiou veementemente a revista e afirmou que "não compactua com qualquer forma de discriminação". Mas cá entre nós: será que só notas resolvem? A torcida espera ações mais duras contra esse tipo de situação.
E agora, José?
O caso chegou à 2ª Vara Criminal da Capital, e o MPRJ não brinca em serviço. Eles pediram a condenação dos responsáveis — cujos nomes ainda não foram divulgados — e a retirada imediata do material de circulação. Se condenados, os acusados podem pegar de 1 a 3 anos de cadeia, além de multa.
Enquanto isso, no Maracanã, o clima esquentou mais que derby no meio do ano. Torcedores organizados já prometem protestos nos próximos jogos, com faixas contra o racismo. O recado tá dado: futebol é paixão, mas preconceito não tem vez nem aqui, nem em qualquer estádio do mundo.
E você, o que acha? Até quando vamos ver casos como esse manchando o esporte mais amado do país? Difícil engolir, mas necessário discutir.