
Imagine só: um profissional da saúde, que deveria zelar por vidas, envolvido em um esquema no mínimo esquisito. Em Manaus, a Polícia Civil prendeu um médico suspeito de repassar plantões — isso mesmo, plantões médicos — para uma estudante de Educação Física. Sim, você leu certo. Educação Física.
Segundo as investigações, o caso veio à tona depois que denúncias anônimas começaram a pipocar. A estudante, que nem formação na área da saúde tem, estaria atuando em unidades básicas como se fosse médica. O que, convenhamos, é de arrepiar os cabelos.
Como o esquema funcionava?
Pelas informações apuradas, o médico — cujo nome ainda não foi divulgado — teria "alugado" sua inscrição no CRM para a jovem. Ela assumia os plantões, fazia atendimentos e, pasme, até prescrevia medicamentos. Tudo isso sem a menor qualificação.
Detalhe que faz a situação ficar ainda mais absurda: isso acontecia em plena capital amazonense, onde o sistema de saúde já sofre com tantas dificuldades. E ninguém notou? Ninguém desconfiou? Parece que a fiscalização falhou redondamente.
As consequências
- O médico foi preso em flagrante por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina (no caso, por permitir que outra pessoa usasse seu registro)
- A estudante também está sendo investigada — e pode responder por exercício ilegal da profissão
- Os pacientes atendidos por ela estão sendo identificados para avaliação de possíveis danos
O caso levanta uma série de questões. Até que ponto a pressão por profissionais em áreas remotas abre brechas para esse tipo de situação? Como garantir que quem está por trás do jaleco branco realmente tem competência para estar ali?
Enquanto isso, na cidade que já enfrenta tantos desafios na saúde pública, mais essa. Manaus, que já sofre com a falta de médicos, agora descobre que alguns dos que estão ali talvez nem devessem estar. É pra ficar de cabelo em pé.