
Imagine a cena: um profissional da saúde, formado, com diploma na parede e juramento feito, repassando plantões para... um estudante de Educação Física? Pois é, essa história surreal — mas verdadeira — aconteceu em Manaus e virou um verdadeiro caso de justiça.
O médico, cujo nome ainda não foi divulgado (provavelmente para evitar que a vergonha seja maior que a multa), foi pego com as batatas na mão. Ele simplesmente achou que poderia delegar seus plantões em uma unidade de saúde da capital amazonense a um acadêmico de Educação Física. Sim, você leu certo: Educação Física.
Como a farsa foi descoberta?
Tudo começou a desmoronar quando colegas de trabalho estranharam algumas "prescrições" pouco ortodoxas. O "médico temporário" — que mal sabia diferenciar um estetoscópio de um termômetro — começou a chamar atenção por condutas que iam desde diagnósticos duvidosos até tratamentos que pareciam saídos de um manual de 1920.
Não demorou para a direção do hospital desconfiar que algo estava muito errado. Uma investigação discreta revelou o esquema: o médico titular recebia pelo plantão, enquanto o estudante — sem qualquer formação na área — assumia o posto como se fosse um profissional qualificado.
As consequências
O caso, que parece piada pronta, teve desdobramentos nada engraçados:
- O médico foi preso em flagrante por exercício ilegal da profissão (além de, claramente, falta de bom senso)
- O estudante de Educação Física também está sendo investigado
- O Conselho Regional de Medicina foi acionado e promete "medidas duras"
- Todos os atendimentos realizados pelo "falso médico" estão sendo revisados
E olha que o pior nem é o fato em si, mas o tempo que essa situação perdurou. Segundo fontes, o esquema já rolava há pelo menos três meses. Três meses! Dá pra acreditar?
O que diz a lei?
Para quem acha que isso é "só uma zoeira", é bom saber que o artigo 282 do Código Penal não brinca em serviço. Exercício ilegal da profissão pode render de 3 meses a 1 ano de detenção, além de multa. E no caso de medicina — onde vidas estão em jogo — a coisa fica ainda mais séria.
O Conselho Regional de Medicina do Amazonas já soltou uma nota dizendo que o caso "ferrete os princípios mais básicos da ética médica". E olha que conselhos profissionais não costumam ser tão dramáticos em seus comunicados.
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso virou piada: "Pelo menos era Educação Física, imagina se fosse aluno de Filosofia?", "Doutor, minha dor nas costas é existencial ou muscular?" — a criatividade do povo não tem limites.
Mas brincadeiras à parte, o caso serve de alerta: na próxima vez que for a um plantão médico, talvez valha a pena perguntar: "Você é médico mesmo ou tá aqui de bobeira?"