
O caso que deixou Belo Horizonte em estado de choque segue sem tréguas. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou, nesta quinta (27), o pedido de soltura do filho acusado de matar a própria mãe — uma respeitada professora da rede pública. A decisão manteve a prisão temporária de 30 dias, decretada logo após o crime brutal.
Segundo fontes próximas ao processo, a defesa tentou argumentar "excesso de prazo" na prisão preventiva. Mas os desembargadores não compraram a ideia. "A gravidade dos fatos e o risco à ordem pública justificam a manutenção da medida", rabiscou um dos magistrados no documento — sem meias palavras.
O crime que parou a cidade
Tudo aconteceu naquela tarde sufocante de julho. Vizinhos relataram gritos estridentes vindos do apartamento da família. Quando a polícia chegou, encontrou a cena que nenhum filme de terror prepararia você para ver: a professora de 58 anos, esfaqueada múltiplas vezes, já sem vida. O filho, de 32, estava ali — e as câmeras do prédio não deixaram dúvidas sobre sua autoria.
"Ele sempre foi tranquilo, mas nos últimos meses... algo mudou", contou uma vizinha que pediu para não ser identificada. Os boletins de ocorrência antigos revelam: havia histórico de ameaças e pequenas agressões, sempre abafadas pela família.
Os bastidores do julgamento
Na sala de audiências, o clima era tenso. Parentes da vítima, sentados na primeira fileira, seguravam fotos da professora. Do outro lado, o réu — de cabeça baixa — mal conseguia articular palavras quando questionado. Seu advogado tentou jogar a carta da "perturbação mental", mas o laudo preliminar do IML não encontrou sinais de surto.
O Ministério Público foi incisivo: "Não há margem para dúvidas. As provas são cristalinas". E listou:
- Imagens das câmeras de segurança
- Depoimentos de testemunhas oculares
- Laudo pericial atestando 12 facadas
- Histórico de violência doméstica
Para o promotor, soltar o acusado agora seria "um atentado contra a segurança pública". A defesa, é claro, não concorda — mas terá que esperar a próxima rodada de recursos.
Enquanto isso, a escola onde a professora lecionava por 20 anos prepara uma homenagem. "Era aquela educadora que todo aluno lembra para sempre", diz uma colega de trabalho, com a voz embargada. Nas redes sociais, a hashtag #JustiçaParaProfessora viralizou, mostrando que a cidade não esqueceu — e não perdoa.