A Polícia Civil de Minas Gerais realizou, nesta segunda-feira, 29 de abril, uma ação de levantamento em uma farmácia da cidade de Governador Valadares, no Leste do estado. O objetivo da operação foi apurar a utilização de atestados médicos falsos no estabelecimento comercial.
Funcionário é alvo da investigação
Um homem de 54 anos, que trabalha na farmácia, é investigado por suspeita de apresentar os documentos supostamente irregulares. Durante a diligência policial, os agentes conseguiram apreender 12 atestados médicos que estariam com o suspeito. Além dos documentos, também foram recolhidos um recorte de carimbo com informações médicas e um telefone celular pertencente ao funcionário.
Como a investigação começou
A delegada Verenna Laurenn Vidal de Assis, responsável pelo caso, explicou que as investigações tiveram início após a instauração de um inquérito para apurar a apresentação de atestados falsos naquele local. Após trabalhos de inteligência, a equipe da Polícia Civil localizou o suspeito em seu próprio local de trabalho.
Ao ser abordado e questionado pelos policiais, o homem de 54 anos apresentou espontaneamente os atestados médicos que teria utilizado. Esse material foi crucial para o andamento das investigações.
Médicos confirmam falsificação
Um dos passos importantes da apuração foi o contato estabelecido pelos investigadores com dois médicos cujos nomes constavam nos documentos apreendidos. Ambos os profissionais negaram terem sido os emissores dos atestados, o que fortaleceu consideravelmente as suspeitas de falsificação.
Diante das evidências, o suspeito foi conduzido à Delegacia de Plantão para prestar os devidos esclarecimentos. Ele foi ouvido e, por enquanto, segue sendo investigado em liberdade. A decisão se deve ao fato de que os documentos supostamente falsos teriam sido utilizados em datas anteriores, não configurando, no momento, uma necessidade de prisão preventiva.
Inquérito apura origem e possíveis cúmplices
O inquérito policial continua em andamento na Delegacia de Governador Valadares. Agora, os esforços estão concentrados em dois fronts principais: apurar a origem dos atestados falsificados e investigar a possível participação de outras pessoas no esquema. A polícia não descarta que o funcionário da farmácia possa ter agido em conjunto com terceiros para obter ou produzir os documentos irregulares.
Casos de falsificação de atestados médicos são tratados com seriedade pelas autoridades, pois configuram crime de falsificação de documento público (se assinado por médico concursado) ou particular, podendo acarretar em penas de reclusão e multa.