
Era mais um dia comum no movimentado centro de São Paulo quando a farsa começou a desmoronar. Dois indivíduos — que até então circulavam com ares de quem conhecia cada artigo do Código Civil — tiveram que trocar o blazer pelo colete à prova de balas da Polícia Militar.
Segundo relatos, a dupla agia com uma lábia tão convincente que faria até juiz aposentado acreditar. Usavam termos jurídicos como quem respira, prometiam resolver processos em tempo recorde e cobravam "taxas administrativas" que nunca chegavam aos tribunais. Um verdadeiro serviço completo de enganação!
Como a máscara caiu
Numa daquelas ironias do destino — ou seria falta de sorte? —, um dos golpistas resolveu aplicar seu "conhecimento jurídico" justamente num advogado de verdade. O profissional estranhou a abordagem e acionou a polícia.
- A prisão aconteceu na região da Luz, conhecida por abrigar diversos escritórios de advocacia
- Com os suspeitos, foram apreendidos documentos falsificados e recibos de valores cobrados irregularmente
- Os investigados já tinham passagem pela polícia por estelionato
"Eles tinham uma lábia tão boa que até eu, com 20 anos de delegacia, fiquei impressionado", brincou — sem graça — um dos policiais envolvidos na operação. A questão é: quantas vítimas já caíram nesse conto do vigário jurídico antes da prisão?
O modus operandi
Parece roteiro de filme B, mas era pura realidade. Os falsos advogados:
- Se aproximavam de vítimas em fóruns e tribunais
- Ofereciam serviços com preços abaixo do mercado
- Apresentavam documentos que, sob análise leiga, pareciam legítimos
- Sumiam assim que recebiam os primeiros pagamentos
Detalhe curioso: um dos detidos até usava um anel de formatura — desses que advogados costumam ostentar com orgulho. Só faltou combinar com o CREA... digo, com a OAB.
O caso serve de alerta para quem busca serviços jurídicos. Como diz o ditado: "De graça até injeção na testa, mas advogado barato..." Bom, você já sabe o final dessa história.