Falsa médica é presa no AM após aplicar remédio sem autorização — veja os detalhes
Falsa médica presa no AM por aplicar remédio sem autorização

Ela parecia saber exatamente o que estava fazendo — jaleco branco, postura profissional, até o jeito de segurar a seringa. Só que não. No meio da floresta amazônica, uma mulher foi flagrada aplicando Mounjaro (um medicamento controlado para diabetes) sem ter qualquer formação médica. O caso aconteceu em Humaitá, a 590 km de Manaus, e virou um verdadeiro pesadelo para quem confiou nela.

Parece roteiro de filme, mas é a pura realidade. A suposta "doutora" — que na verdade nunca pisou numa faculdade de medicina — foi denunciada por um paciente desconfiado. Ele estranhou a forma como a "consulta" foi conduzida e resolveu avisar as autoridades. Resultado? A Polícia Civil agiu rápido e prendeu a falsária em flagrante.

O golpe da "injeção milagrosa"

Segundo investigações, a acusada oferecia o serviço como se fosse um tratamento revolucionário para perda de peso — algo que o Mounjaro não é, pelo menos não sem acompanhamento especializado. "Ela aplicava doses aleatórias, sem nenhum critério médico", contou um delegado envolvido no caso, que preferiu não se identificar.

  • Usava jaleco e estetoscópio falsos
  • Cobrava até R$ 500 por aplicação
  • Não tinha qualquer registro no CRM

O pior? Pelo menos três pessoas já haviam sido "atendidas" por ela antes da prisão. Uma delas chegou a passar mal após receber a injeção, mas não procurou ajuda por medo de represálias. Que situação, hein?

Saúde não é brincadeira

O caso serve de alerta para um problema crescente no Brasil: a proliferação de charlatões se passando por médicos. Só no Amazonas, já foram registrados mais de 15 casos similares nos últimos dois anos. E olha que muitos nem chegam às delegacias — as vítimas ficam com vergonha de denunciar.

"Isso aqui não é faroeste, onde qualquer um pode sair aplicando remédio por aí", disparou o secretário municipal de saúde de Humaitá, visivelmente irritado com a situação. Ele lembra que medicamentos como o Mounjaro podem causar efeitos colaterais graves se usados sem supervisão.

Enquanto isso, a falsa médica responde pelo crime de exercício ilegal da medicina e pode pegar até 3 anos de cadeia. Mas a pergunta que fica é: quantos outros "profissionais" como ela ainda estão por aí, colocando vidas em risco?