
Eis que a brecha do sistema mostra mais uma de suas garras. Na última quarta-feira (17), um detento – que supostamente estava usufruindo do direito de saidinha – foi surpreendido durante uma revista de rotina. A cena se desenrolou em Presidente Venceslau, interior de São Paulo, e pegou muita gente de surpresa.
Não deu outra: durante a abordagem, os agentes penitenciários encontraram com o indivíduo uma quantidade considerável de maconha, já pronta para distribuição. O que era para ser um momento de ressocialização transformou-se em pura afronta à lei.
A situação toda foi, no mínimo, constrangedora. Imagina só: o sujeito está em regime semiaberto, ganha a permissão para sair – e decide usar justamente esse tempo para cometer outro crime. É de cair o queixo, não é?
Como tudo aconteceu?
Pois bem. Tudo começou com uma denúncia anônima – aquelas que, vez ou outra, realmente funcionam. A polícia foi acionada e montou operação de vigilância. Quando o detento retornou à unidade prisional, foi revistado. E ali, escondido entre seus pertences, estava o pacote com a droga.
Não foi pouco não. Estamos falando de várias porções de maconha, já embaladas e prontas para o mercado ilegal. Algo que deixa claro: não se tratava de uso próprio, mas de comércio mesmo.
E agora, o que acontece?
O indivíduo foi imediatamente detido e encaminhado de volta à cadeia – dessa vez, sob regime mais rigoroso. Além disso, ele responderá por novo processo criminal, agora por tráfico de drogas. Ou seja: a saidinha, que deveria ser um passo toward a liberdade, virou um atestado de má-fé.
O caso reacende o debate sobre a eficácia dessas saidinhas. Será que o sistema está sendo brando demais? Ou será que casos isolados não deveriam manchar um mecanismo importante de reinserção social?
Uma coisa é certa: a população de Presidente Venceslau não está nada satisfeita. Muita gente se pergunta como algo assim ainda acontece, mesmo com tantos mecanismos de controle. E a pergunta que fica é: quantos outros não estão fazendo o mesmo?