A cidade de Belo Horizonte ainda respira um ar pesado desde aquele dia — você deve se lembrar. Wellington da Silva Santos, um gari de 33 anos, perdeu a vida de forma brutal no Centro da capital mineira. A comoção foi geral, e agora todo mundo se pergunta: o que vem pela frente neste caso?
Pois bem. De acordo com informações que circulam nos bastidores da Polícia Civil, o inquérito que apura as circunstâncias da morte de Wellington está na reta final. Sim, aquele documento gordo, cheio de depoimentos, laudos e imagens de câmera — tudo isso está prestes a virar pacote pronto para o Ministério Público.
E depois que o MP recebe o inquérito?
Ah, aqui a coisa pode tomar vários rumos. O promotor de plantão pode achar que tem material suficiente e oferecer denúncia. Pode pedir complementações — dessas que alongam a espera. Ou, não podemos descartar, arquivar o caso por falta de elementos. Mas, considerando a repercussão, duvido muito que essa seja a opção.
Se a denúncia for aceita, o suposto agressor — um homem de 51 anos já identificado — vai responder criminalmente. Aí começa o processo. Audiências, testemunhas, novas provas… a máquina da justiça é lenta, todo mundo sabe, mas costuma moer fino.
E aí, vai dar em quê?
Bom, se condenado, o réu pode pegar de 12 a 30 anos de cana — isso é, se enquadrado em homicídio qualificado. A defesa, claro, vai brigar por cada palmo. Alegou legítima defesa, nega a intensidade da agressão… o tipo de coisa que deixa qualquer um com o pé atrás.
Enquanto isso, a família de Wellington segue na espera. Aquela espera angustiante que só quem já perdeu alguém pela violência urbana conhece. E Belo Horizonte, ah, BH… mais um nome na lista de cidades que veem o luto chegar antes da justiça.
O caso, como tantos outros, escancara não só uma agressão, mas uma ferida social aberta. E agora, é com a justiça. Torcemos para que ela não tarde mais do que o desumano.
